segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A China pode pressionar EUA sobre mudança do clima!!!


É o que esperam negociadores na COP17

A China, maior emissora mundial de carbono, pode levar os EUA a agir sobre a mudança do clima, resgatando a a próxima rodada de negociações globais e melhorando sua reputação internacional. Continuam extremamente baixas as expectativas de que um haja novo acordo no encontro da ONU no final deste mês em Durban, África do Sul.

Mas a conferência pode criar as fundações de acordo futuro do clima, e negociadores desesperados apelam à China para ajudar a isolar os Estados Unidos por sua paralisia com relação a ações ambientais. “Minha impressão é que se Durban fracassar, vai ser pela falta de vontade política dos EUA, e se der certo, terá sido pelos esforços extras da China”, afirmou Jennifer Morgan, diretora do programa de clima e energia do World Resources Institute.
Os EUA conseguiram fazer mudanças em políticas e desenvolver esquemas de comércio de carbono em níveis estaduais e municipais. No entanto, o país adiou duas vezes este ano um plano de regulamentar emissões de CO2 de usinas de energia e, segundo padrões de eficiência para veículos, fabricantes não têm de fazer melhoras em seus produtos até 2018 ou 2025.
O governo não conseguiu aprovar no ano pasado uma legislação ampla sobre o clima, e o ambiente se tornou um campo de batalha política entre os republicanos e os democratas do presidente Barack Obama. O presidente, mesmo com seu compromisso pessoal com o ambiente, deixou claro que seu país, segundo maior emissor mundial de carbono, não se comprometerá com um novo protocolo legalmente vinculante pelo menos até depois da próxima eleição presidencial.
Na China, uma imensa população e uma série de enchentes devastadoras enfatizaram os riscos de um aquecimento global, e justificaram investimentos recordes em novas tecnologias de energia. Os negociadores não enxergam mais a China como uma das grandes nações erráticas – um grupo que também inclui Japão, Rússia, Canadá e EUA.
Políticos da União Européia, que tem liderado esforços para um novo acordo sobre o Procolo de Kyoto, dizem que a China tem sido cooperativa. “Temos grandes esperanças com relação à China, que tem sido recentemente muito construtiva em sua atitude perante Durban”, disse Joanna Mackowiak-Pandera, sub-secretária do ministério da energia da Polônia. O país atualmente preside a UE, sob sistema rotativo. Alguns chegam a dizer que a China pode ajudar a isolar os EUA. “Não excluo a possibilidade de UE, China e outras economias emergentes fazerem esta parceria estratégica e que os EUA fiquem isolados”, afirmou Jo Leinen, presidente do comitê parlamentar do Parlamento Europeu, informa a Reuters.

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