segunda-feira, 23 de julho de 2012

TÉRBIO (Tb)



Elemento metálico prateado pertencente à família dos lantanídeos. Z = 65. Ocorre na apatita e xenotina e é obtido por processo de troca iônica. É usado como dopante em dispositivos semicondutores. Foi descoberto em 1843 por C. G. Mosander.

DISPRÓSIO (Dy)




Elemento metálico prateado, mole, pertencente à família dos elementos lantanídeos. Z = 66. Ocorre na apatita, gadolinita e xenotina, sendo obtido por processo de troca iônica. Seu uso é limitado a algumas ligas como absorvedor de nêutrons em tecnologia nuclear. Foi descoberto por François Lecoq de Boisbaudran em 1886.

HÔLMIO (Ho)

Elemento metálico prateado, mole, pertencente à família dos lantanídeos. Z = 67. Ocorre na apatita, xenotina e em alguns outros minérios de terras raras. Há um isótopo natural, 165Ho, e já foram produzidos 18 artificiais. Não há usos para o elemento que foi descoberto por P. T. Cleve e J. L. Soret em 1879.

ÉRBIO (Er)



Elemento metálico, prateado, mole, pertencente ao grupo dos lantanídeos na Tabela Periódica. Z = 68; configuração eletrônica: MA = 167,26; d = 9,066g.cm-3 (20°C). Está presente em algumas ocorrências de apatita, gadolinita e xenotina. É usado em ligas para tecnologia nuclear como absorvedor de nêutrons.

TÚLIO (Tm)




Elemento metálico cinza, mole, pertencente ao grupo dos lantanídeos. Z = 69. É encontrado na apatita e na xenotina. Tem um isótopo natural, 169Tm, e dezesete isótopos artificiais. Não há nenhum uso para este elemento. Ele foi descoberto por P. T. Cleve em 1879.

YTÉRBIO (Yb)


Elemento metálico, prateado, pertencente ao grupo dos lantanídeos. Ocorre na gadolinita, monazita e xenotina. São conhecidos sete isótopos naturais e dez artificiais. É usado em alguns aços especiais. O elemento foi descoberto em 1878 por J. D. G. Marignac.

LUTÉCIO (Lu)


Elemento metálico prateado, pertencente ao grupo dos lantanídeos. É o menos abundante dos elementos e pequenas quantidades estão disponíveis a partir do processamento de outros metais. O elemento é usado como catalisador. Ele foi identificado por G. Urban em 1907.

HÁFNIO (Hf)


Elemento metálico de transição, é prateado e brilhante. O elemento é encontrado na natureza com o zircônio e extraído por formação de cloreto e redução pelo processo de Kroll. É usado em ligas de tungstênio para filamentos e eletrodos, e como absorvedor de nêutrons. No ar, o metal forma camada passiva de óxido. A maioria dos seus compostos são complexos de háfnio(IV). Complexos menos estáveis de háfnio(III) também existem. O elemento foi descrito pela primeira vez por Urbain em 1911 e sua existência foi estabelecida em 1923 por D. Coster e G. C. de Hevesey.

TÂNTALO (Ta)



Elemento metálico de transição azul acinzentado. É encontrado juntamente com o nióbio nos minérios columbita – tantalita: (Fe, Mn) (Ta, Nb)2O6. É extraído por dissolução em ácido fluorídrico, que separa os fluoretos de nióbio e tântalo para dar K2TaF7 que é reduzido com sódio. O elemento apresenta os isótopos 181Ta que é estável e 180Ta que tem ocorrência de 0,12% e é radioativo com meia-vida maior do que 107 anos. Há vários outros isótopos de meia-vida curtas. O elemento é usado em algumas ligas especiais e em componentes eletrônicos. Por ser não reativo, peças metálicas de tântalo são usadas em cirurgias como por exemplo pinos para juntar ossos. Quimicamente o metal forma camada passiva de óxido no ar. O tântalo foi identificado em 1802 por Ekeberg e isolado em 1820 por Berzelius.

TUNGSTENIO (W)


Elemento metálico de transição, branco ou cinza, era chamada antigamente de "wolfrâmio". É encontrado em vários minerais, principalmente nos óxidos: wolframita, (Fe, Mn) WO4, e scheelita, CaWO4. O minério é aquecido com solução de hidróxido de sódio e forma um "tungstato" solúvel. O óxido WO3 é obtido por precipitação após adição de ácido e é reduzido ao metal por hidrogênio. É usado em várias ligas, especialmente de corte e em filamentos de lâmpadas. No ar o tungstênio forma camada protetora de óxido e pode ser oxidado a altas temperaturas. Não se dissolve em ácidos diluídos. Forma compostos nos quais o seu estado de oxidação varia de +2 a +6. O metal foi isolado por F. d’Elhuyer em 1783.

ÓSMIO (OS)


Elemento metálico de transição duro, branco azulado.É encontrado associado à platina e usado em algumas ligas com platina e irídio. O ósmio forma vários complexos em vários estados de oxidação.

ÍRIDIO (Ir)


Elemento metálico de transição.Ocorre na natureza com a platina e é usado principalmente em ligas de platina e ósmio. O elemento forma complexos de irídio(III) e irídio(IV). Ele foi descoberto em 1804 por Tennant.

PLATINA (Pt)


Elemento metálico de transição branco prateado.Ocorre em alguns minérios de níquel e cobre e também é encontrado na forma nativa, isto é, o próprio metal. A principal fonte de platina é o rejeito anódico do refinamento de níquel e cobre. O elemento é usado em joalheria, equipamentos para laboratórios (por exemplo: termopares, eletrodos, cadinhos, etc), contatos elétricos e em algumas ligas, (por exemplo com irídio ou ródio). Também é catalisador de processos de hidrogenação. O elemento não se oxida nem se dissolve em ácido clorídrico. A maioria dos seus compostos são complexos de platina(II) ou de platina(IV). 




Pepita de platina. O metal ocorre sempre misturado a outros elementos (ferro, irídio, ósmio). É encontrada no Brasil, África do Sul, Canadá e Alasca (EUA).

OURO (Au)


Elemento metálico de transição amarelo, mole e maleável. É encontrado na natureza como metal livre no cascalho e em veios no quartzo. Ocorre nos minérios de sulfetos de chumbo e cobre e também combinado com prata em minério de telúrio (Ag, Au) Te2. É usado na joalheria, como material dentário e em dispositivos eletrônicos. Quimicamente não é reativo, não sendo afetado pelo oxigênio. Reage com cloro a 200° C para formar cloreto de ouro(III). 



Pepita de ouro de 170 gramas, encontrada em 1980 na região de Carajás, no Estado do Pará, Brasil.

Actínio (Ac)



Elemento metálico radioativo, prateado, pertencente ao grupo do escândio na Tabela Periódica Z = 89; classificação: Metálico; nome do grupo: Actinoide. Sua química é similar à do lantânio e sua principal aplicação é como fonte de partículas alfa; é achado naturalmente em minérios de urânio e o actínio é 150 vezes mais radioativo que rádio, O actínio é perigosamente radioativo.

MERCÚRIO (Hg)


Elemento metálico de transição, líquido, prateado e denso, pertencente ao grupo do zinco na Tabela Periódica. Seu principal minério é o sulfeto de mercúrio, HgS, que pode ser decomposto nos seus elementos. O mercúrio é usado em termômetros, barômetros, em outros equipamentos científicos e em amálgama dentário. O elemento é menos reativo que zinco e cádmio e não desloca o hidrogênio de ácidos fracos. Forma compostos com mercúrio(I) na forma de íons (Hg2)2+ e com mercúrio(II) na forma de Hg2+. Forma muitos compostos de coordenação e organometálicos, por exemplo os reagentes de Grignard.




Amostra de cinábrio, HgS, o mais importante minério de mercúrio.

TÁLIO (Ti)


Elemento metálico cinzento, pertencente ao grupo do boro na Tabela Periódica. Ocorre na blenda de zinco (ZnS), em minérios de ferro e é recuperado em pequenas quantidades de concentrados de chumbo e zinco. Tem poucas aplicações: ligas especiais e em eletrônica. O sulfato é usado como raticida. Os compostos de tálio(I) são semelhantes aos de metais alcalinos. Compostos de tálio(III) são facilmente reduzidos a tálio(I) e porisso são fortes agentes oxidantes. O elemento foi descoberto por Sir William Crookes em 1861.

CHUMBO (Pb)


Elemento metálico, denso, mole, dúctil, cinzento, pertencente ao grupo do carbono na Tabela Periódica. O principal minério de chumbo é a galena, PbS. Outras fontes deste elemento são os minerais anglesita (PbSO4), cerusita (PbCO3) e litarge (PbCO3). O metal é extraído por aquecimento do minério para obtenção do óxido, seguida da redução por carvão. A prata também é encontrada nestes minérios. O chumbo tem várias aplicações incluindo material para construção civil, baterias de chumbo, balas para armas de fogo, ligas fusíveis e algumas outras ligas especiais. 




Amostra de galena, PbS, com calcita, de uma mina da região de Westfália, Alemanha.




Amostra de galena, PbS, compacta de mina da região da Renânia, Alemanha.

BISMUTO (BI)


Metal cristalino branco com tons de rosa, pertencente ao grupo do nitrogênio na Tabela Periódica. Os seus minérios mais importantes são bismutinita (Bi2S3) e bismita (Bi2O3). Também ocorre naturalmente na forma nativa. Os maiores produtores são Peru, Japão, México, Bolívia e Canadá. O metal é extraído por redução do óxido de carbono. O bismuto é o mais diamagnético de todos os metais e sua condutividade térmica é mais baixa do que a de qualquer outro metal exceto o mercúrio. O metal tem alta resistência elétrica e efeito Hall intenso quando submetido a campos magnéticos. É usado em ligas para solda de baixo ponto de fusão, com estanho e cádmio. Estas ligas se expandem durante a solidificação. Também é usado em dispositivos de segurança termicamente estimulados para detecção de incêndios. Aplicações mais recentes incluem o uso de bismuto como catalisador na produção de fibras acrílicas, em termopares, etc. Os compostos de bismuto quando livres de chumbo são usados em medicamentos e cosméticos. É atacado por ácidos oxidantes, vapor d’água a alta temperatura e halogênios. Queima no ar gerando chama azul e fumaça amarela de óxidos. Em 1753 C. G. Junine demonstrou que o bismuto era um elemento distinto do chumbo. 




Pepita de bismuto procedente da Alemanha. Encontrado também no Brasil, Inglaterra e Bolívia.

POLÔNIO (Po)


Elemento metálico radioativo pertencente ao grupo do oxigênio na Tabela Periódica. O elemento ocorre em minérios de urânio numa proporção de 100 microgramas para 1000 quilogramas de minério. Tem mais de 30 isótopos, mais do que qualquer outro elemento. O polônio é uma possível fonte de calor em espaçonaves devido à energia de 1,4x105 J.kg-1s-1 liberada no seu decaimento. Ele foi descoberto por Marie Curie em 1898 numa amostra de pechblenda, o principal minério de urânio .

O elemento recebeu este nome em homenagem ao pais (Polônia) onde
nasceu a pesquisadora .

ASTATO (At)


Elemento halogênio radioativo. Ocorre naturalmente por decaimento radioativo de isótopos de urânio e tório. O astato forma pelo menos 20 isótopos sendo 210At o mais estável com meia-vida de 8,3 horas. Pode ser produzido por bombardeamento de 200Bi com partículas alfa. Tem caráter mais metálico do que o iodo e em solução aquosa pode assumir pelo menos 5 estados de oxidação diferentes. Forma compostos inter-halogênios como AtI e AtCl. A existência de At2 não foi comprovada. O elemento foi sintetizado por bombardeamento nuclear em 1940 por D. R. Corson, K. R. MacKenzie e E. Segré na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América.

Actinídeos ou Elementos Actinídeos


Conjunto ou série de elementos após o actínio na Tabela Periódica, com números atômicos que vão do tório (Z = 90) ao laurêncio (Z = 103). Eles têm dois elétrons na camada de valência. São classificados juntos pelo fato do aumento de prótons no núcleo corresponder ao aumento de um elétron no sub-nível 5f. Juntamente com os lantanídeos, compõem o bloco f da Tabela Periódica. Os quatro primeiros membros da série (Ac ao U) ocorrem naturalmente. Todos são radioativos o que dificulta o seu estudo devido à necessidade de cuidados especiais devido a aquecimento e meias vidas muito curtas. Como os lantanídeos, apresentam crescimento suave nos raios atômicos e iônicos com o aumento do número atômico. Os membros mais leves da série (até o amerício) têm elétrons f que participam de ligações, diferentemente dos lantanídeos. Conseqüentemente estes elementos são mais parecidos com os metais de transição, formando compostos de coordenação e apresentando valências variáveis. Devido ao aumento da carga nuclear, os membros mais pesados (cúrio ao laurêncio) não tendem a usar seus elétrons internos f na formação de ligações e então se parecem mais com os lantanídeos, formando compostos com o íon M3+.

RADÔNIO (Rn)


Elemento gasoso, radioativo, incolor, pertencente ao grupo dos gases da Tabela Periódica. O radônio ocorre naturalmente, particularmente em áreas subterrâneas de granito, constituindo sério risco químico aos trabalhadores. Como gás nobre o radônio é praticamente inerte embora alguns compostos como fluoreto de radônio possam ser formados. Ele foi isolado pela primeira vez por Ramsey e Gray em 1908.

FRÂNCIO (Fr)


Elemento radioativo pertencente ao grupo dos metais alcalinos na Tabela Periódica.O elemento é encontrado em minérios de urânio e tório.

RÁDIO (Ra)


Elemento metálico radioativo pertencente ao grupo dos metais alcalino-terrosos na Tabela Periódica.Ocorre em minérios de urânio, por exemplo pechblenda ou uraninita.É usado como fonte radioativa em trabalhos de pesquisa e em radioterapia. O elemento foi isolado da pechblenda por Marie e Pierre Curie em 1898.

Tório (Th)



Elemento metálico radioativo pertencente à família dos actinídeos (Z = 90). Ocorre na areia monazítica no Brasil, Índia e Estados Unidos da América. Apresenta também estado de oxidação +4 e sua química é parecida com a dos demais actinídeos. Pode ser usado como combustível em reatores nucleares pois 232Th captura nêutrons lentos e alimenta 233U. A tória ou dióxido de tório, ThO2, é usada em refratários especiais.

Protactínio (Pa)



Elemento metálico radioativo pertencente à série dos actinídeos (Z = 91). O 231Pa ocorre em todos os minérios de urânio pois é derivado de 235U. O protactínio não tem aplicações práticas.Disponibilidade: ocorre na uraninita (uranato complexo de uranilo e chumbo, e que pode conter lantânio, tório, ítrio, etc) na proporção de 1 a 3 partes por 10 milhões de minério. É um dos elementos mais raros e de difícil obtenção na forma pura.

Urânio (U)


Elemento metálico radioativo pertencente à família dos actinídeos (Z=92). Ocorre como uraninita, um mineral de óxido de urânio (IV) que contém pequenas quantidades de rádio, tório, polônio, chumbo e hélio. Quando a uraninita ocorre de forma massiva, com um certo brilho, é chamada pechblenda, considerado o principal minério de urânio. O elemento é extraído do minério por processo de troca iônica. O 235U sofre fissão nuclear sob ação de nêutrons lentos e é usado como combustível em reatores e armas nucleares. Por isso o urânio ganhou enorme importância técnica e política. 

Amostra de pechblenda ou uraninita, o minério de UO2. Apresenta traço escuro, fratura irregular, é frágil e fortemente radioativo. É o mineral mais importante para obtenção de rádio e urânio.

Transurânicos ou Elementos Transurânicos



Elementos com número atômico maior do que 92, portanto, elementos após o urânio na Tabela Periódica. A maioria destes elementos são instáveis e têm meias 

Netúnio (Np)



Elemento transurânico, prateado, radioativo, tóxico, raro, metálico e resistente. Reage com oxigênio e ácidos e é atacado por vapor de água. Disponibilidade: Netúnio é um metal raro na terra radioativo e tem pelo menos 3 formas alantropicas. O nome é devido o planeta Netuno. Np-237 é um subproduto de reatores nucleares.

Plutônio (Pu)



Elemento metálico; tem coloração prateada, mas torna-se amarelo em contato com o ar; transurânico; denso; radioativo artificial; pertencente ao grupo dos actinídeos na Tabela Periódica. Com elevação da temperatura, apresenta dilatação irregular e aumento da condutividade elétrica. Como é um elemento muito eletropositivo, apresenta forte tendência a ceder elétrons a átomos de oxigênio, carbono e nitrogênio, para dar origem a óxidos, carbonetos e nitretos de estabilidade média. Cerca de 20 toneladas de plutônio são produzidas anualmente por reatores nucleares. Inexistente em estado natural, o plutônio é obtido a partir do bombardeamento de nêutrons lentos.

Amerício (Am)



Elemento químico radioativo, Obtido por bombardeio de plutônio com partículas aceleradas. À temperatura ambiente, o amerício encontra-se no estado sólido. O metal amerício recém obtido tem o aspecto branco-prateado brilhante (mais prateado do que o plutônio ou netúnio), perdendo o brilho lentamente em presença do ar seco, na temperatura ambiente.

Cúrio (Cm)



Elemento metálico, radioativo, transurânico, pertencente ao grupo dos actinídeos. Sintetizado em 1945, pelo bombardeio de plutônio com partículas alfa no ciclotron da Universidade da Califórnia. Quimicamente reativo, é um metal de aspecto branco-prateado (a maioria dos seus compostos trivalentes são ligeiramente amarelos), maleável e, devido a sua elevada radioatividade, brilha no escuro.

Berkélio (Bk)



Acredita-se, até o presente momento, mesmo sem ter sido isolado na forma elementar, é possível prever que se trata de um elemento de aspecto prateado metálico, que oxida-se facilmente no ar em temperaturas elevadas, e será solúvel em ácidos minerais diluídos.

Califórnio (Cf)



Elemento metálico, transurânico, radioativo, pertencente ao grupo dos actinídeos.Disponibilidade: o elemento é artificial.

Einstênio (Es)


Elemento metálico, transurânico, radioativo, pertencente ao grupo dos actinídeos. É o actinídeo mais pesado daqueles em que se pode determinar essa propriedade. O metal é quimicamente reativo, muito volátil e conhece-se uma estrutura cristalina. O einstéinio é um elemento transurânico do grupo dos actinídeos da tabela periódica.

Férmio (Fm)


Elemento metálico, radioativo, transurânico, pertencente ao grupo dos actinídeos. Elemento químico radioativo artificial. Somente quantidades pequenas de férmio foram produzidas ou isoladas. Devido a ínfima quantidade obtida pouco se conhece sobre suas propriedades químicas. Somente o estado de oxidação (III) parece existir em solução aquosa.

Mendelévio (Md)


Elemento metálico, radioativo, transurânico, pertencente ao grupo dos actinídeos. O mendelévio não se encontra na natureza e se prepara por transmutação nuclear artificial de um elemento mais ligeiro.

Nobélio (No)


É metálico, radioativo, transurânico , do grupo dos actinídios. É sintetizado bombardeando o cúrio com íons carbono.

Laurêncio (Lr)


Elemento metálico, radioativo, transurânico, pertencente ao grupo dos actinídeos. Disponibilidade: O elemento é artificial.

Transactinídeos ou Elementos Transactinídeos


Elementos com número atômico acima de 103, isto é, após o laurêncio na Tabela Periódica. Os elementos 104 e 105 foram sintetizados e receberam respectivamente os nomes de kurchatóvio (Ku) e rutherfórdio (Rf). Todos estes elementos são instáveis e têm meias vidas bastante curtas.

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BORO : o próximo combustível dos FOGUETES! NANOPARTÍCULAS de B em LÍQUIDO IÔNICO.


BORO : o próximo combustível dos FOGUETES! NANOPARTÍCULAS de B em LÍQUIDO IÔNICO.
Este elemento já vem sido estudado como potencial candidato ao uso em combustíveis, mas a camada de óxido que sempre envolve o sólido faz com que a temperatur...Ver mais

LIPÍODIOS: BANDIDOS ou MOCINHOS?


Liídios: as moléculas hidrofóbicas
Embora difamadas pela mídia, estas biomoléculas são essenciais para a manutenção de várias estruturas dos seres vivos e atuam e diversos processos metabólicos.
QMCWEB apresenta os Lipídios - as biomoléculas hidrofóbicas.


Não existe grupos funcionais: em comum, apenas a hidrofobicidade!
Mais um caso de termo químico que se incorpora ao senso comum: os lipídios, há tempos, extrapolaram os livros de química. Definem um conjunto de substâncias químicas que, ao contrário das outras classes de compostos orgânicos, não são caracterizadas por algum grupo funcional comum, e sim pela sua alta solubilidade em solventes orgânicos e baixa solubilidade em água. Juntamente com as proteínas, ácidos nucléicos e carbo-hidratos, os lipídios são componentes essenciais das estruturas biológicas, e fazem parte de um grupo conhecido como biomoléculas. Os lipídios se encontram distribuidos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura.
Existem diversos tipos de moléculas diferentes que pertencem à classe dos lipídios. Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comumm todas elas possuem muito mais ligações carbono-hidrogênio do que as outras biomoléculas, e a grande maioria possui poucos heteroátomos. Isto faz com que estas moléculas sejampobres em dipolos localizados (carbono e hidrogênio possuem eletronegatividade semelhante). Uma das leis clássicas da química diz que "o semelhante dissolve o semelhante": daí a razão para estas moléculas seremfracamente solúveis em água ou etanol (solventes polares) e altamente solúveis em solventes orgânicos (geralmente apolares).
Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídios não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam apresentar uma estrutura química relativamente simples, as funções dos lipídios são complexas e diversas, atuando em muitas etapas cruciais do metabolismo e na definição das estruturas celulares.
Os químicos podem separar os lipídios de uma amostra biológica através de uma técnica conhecida como extração; um solvente orgânico é adicionado a uma solução aquosa da amostra e, com um auxílio de um funil de separação, obtém-se a fase orgânica rica em lipídios. Com a evaporação do solvente orgânico obtém-se o lipídio. É desta maneira que, em escala industrial, se obtém o óleo vegetal.
Como veremos a seguir, alguns lipídios têm a habilidade de formar filmes sobre a superfície da água, ou mesmo de formar agregados organizados na solução; estes lipídios possuem uma região, na molécula, polar ou iônica, que é facilmente hidratada. Este comportamento é característico dos lipídios que compõe a membrana celular. Os lipossomos são "microenvelopes" capazes de envolverem moléculas orgânicas e entregarem-nas ao "endereço biológico" correto.
Classificação dos lipídios
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Ácidos Graxos

A hidrólise ácida dos triacilglicerídios leva aos correspondentes ácidos carboxílicos - conhecidos como ácidos graxos. Este é o grupo mais abundante de lipídios nos seres vivos, e são compostos derivados dos ácidos carboxílicos. Este grupo é geralmente chamado de lipídios saponificáveis, porque a reação destes com uma solução quente de hidróxido de sódio produz o correspondente sal sódico do ácido carboxílico, isto é, o sabão.
Os ácidos graxos possuem um pKa da ordem de 4,8. Isto significa que, em uma solução onde o pH é 4,8, metade da concentração o ácido está ionizada; a um pH maior (7, por exemplo) praticamente todo o ácido encontra-se ionizado, formando um sal com o seu contra-íon; num pH menor (3, e.g.) todo o ácido encontra-se protonado.
A natureza do cátion (contra-íon) determina as propriedades do sal carboxílico formado. Em geral, sais com cátions divalentes (Ca2+ ou Mg2+) não são bem solúveis em água, ao contrário do formado com metais alcalinos (Na+, K+, etc.), que são bastante solúveis em água e em óleo - são conhecidos como sabão. É por este motivo que, em regiões onde a água é rica em metais alcalinos terrosos, é necessário se utilizar formulações especiais de sabão na hora de lavar a roupa. Na água, em altas concentrações destes sais, ocorre a formação de micelas - glóbulos microscópicos formados pela agregação destas moléculas. Nas micelas, as regiões polares das moléculas de sabão encontram-se em contato com as moléculas de água, enquanto que as regiões hidrofóbicas ficam no interior do glóbulo, em uma pseudofase orgânica, sem contato com a água.
A adição de HCl a uma solução aquosa de sabão provoca a precipitação do ácido graxo, que é pouco solúvel em água e, em solução aquosa, tende a formar dímeros através de fortes ligações hidrogênio.

Composição de alguns óleos e gorduras
Composição de algumas gorduras

Os ácidos graxos também podem ser classificados comosaturados ou insaturados, dependendo da ausência ou presença de ligações duplas carbono-carbono. Os insaturados (que contém tais ligações) são facilmente convertidos em saturados através da hidrogenação catalítica (este processo é chamado de redução). A presença de insaturação nas cadeias de ácido carboxílico dificulta a interação intermolecular, fazendo com que, em geral, estes se apresentem, à temperatura ambiente, no estado líquido; já os saturados, com uma maior facilidade de empacotamente intermolecular, são sólidos. A margarina, por exemplo, é obtida através da hidrogenação de um líquido - o óleo de soja ou de milho, que é rico em ácidos graxos insaturados.
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Triacilglicerídios

Conhecidos como gorduras neutras, esta grande classe de lipídios não contém grupos carregados. São ésteres do glicerol - 1,2,3-propanotriol. Estes ésteres possuem longas cadeias carbônicas atachadas ao glicerol, e a hidrólise ácida promove a formação dos ácidos graxos correspondentes e o álcool (glicerol).
Nos animais, os TAGs são lipídios que servem, principalmente, para a estocagem de energia; as células lipidinosas são ricas em TAGs. É uma das mais eficientes formas de estocagem de energia, principalmente com TAGs saturados; cada ligação C-H é um sítio potencial para a reação de oxidação, um processo que libera muita energia.
Os TAGs provindo de animais terrestres contém uma maior quantidade de cadeias saturadas se comparados aos TAGs de animais aquáticos. Embora menos eficientes no armazenamento de energia, as TAGs insaturadas oferecem uma vantagem para os animais aquáticos, principalmente para os que vivem em água fria: elas têm uma menor temperatura de fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas temperaturas. Se fossem saturadas, ficariam no estado sólido e teriam maior dificuldade de mobilidade no organismo do animal.
Os TAGs podem ser chamados de gorduras ou óleos, dependendo do estado físico na temperatura ambiente: se forem sólidos, são gorduras, e líquidos são óleos. No organismo, tanto os óleos como as gorduras podem ser hidrolisados pelo auxílio de enzimas específicas, as lipases (tal como a fosfolipase A ou a lipase pancreática), que permitem a digestão destas substâncias.
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Fosfolipídios

Os fosfolípideos são ésteres do glicerofosfato - um derivado fosfórico do glicerol. O fosfato é um diéster fosfórico, e o grupo polar do fosfolipídio. A um dos oxigênios do fostato podem estar ligados grupos neutros ou carregados, como a colina, a etanoamina, o inositol, glicerol ou outros. As fostatidilcolinas, por exemplo, são chamadas de lecitinas.
Bicamadas de fosfolipídios
Os fosfolipídios ocorrem em praticamente todos os seres vivos. Como são anfifílicos, também são capazes de formar pseudomicrofases em solução aquosa; a organização, entrentanto, difere das micelas. Os fosfolipídios se ordenam em bicamadas, formando vesículas. Estas estruturas são importantes para conter substâncias hidrossolúveis em um sistema aquoso - como no caso das membranas celulares ou vesículas sinápticas. Mais de 40% das membranas das células do fígado, por exemplo, é composto por fosfolipídios. Envolvidos nestas bicamadas encontram-se outros compostos, como proteínas, açúcares e colesterol.
As membranas celulares são elásticas e resitentes graças às fortes interações hidrofóbicas entre os grupos apolares dos fosfolipídios. Estas membranas formam vesículas que separam os componentes celulares do meio intercelular - dois sistemas aquosos!
Estica, mas não quebra...Dobra, mas não rompe!

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Esfingolipídios

A principal diferença entre os esfingolipídios e os fosfolipídios é o álcool no qual estes se baseiam: em vez do glicerol, eles são derivados de um amino álcool. Estes lipídios contém 3 componentes fundamentais: um grupo polar, um ácido graxo, e uma estrutra chamada base esfingóide - uma longa cadeia hidrocarbônica derivada do d-eritro-2-amino-1,3-diol. É chamado de base devido a presença do grupo amino que, em solução aquosa, pode ser convertido para o respectivo íon amônio. A esfingosina foi o primeiro membro desta classe a ser descoberto e, juntamente com a di-hidroesfingosina, são os grupos mais abundantes desta classe nos mamíferos. No di-hidro, a ligação dupla é reduzida. O grupo esfingóide é conectado ao ácido graxo graças a uma ligação amídica. A esfingomielina, encontrada em muitos animais, é um exemplo de esfingolipídio.

Os vários tipos de esfingolipídios são classificados de acordo com o grupo que está conectado à base esfingóide. Se o grupo hidroxila estiver conectado a um açúcar, o composto é chamado de glicosfincolipídio. O grupo pode ser, também, um éster fosfófico, como a fosfocolina, na esfingomielina. Gangliosídios são glicosfingolipídios que contém o ácido N-acetilneurâmico (ácido siálico) ligado à cadeia oligossacarídica. Estas espécies são muito comuns no tecido cerebral.

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Esteróides

Os esteróides são lipídios derivados do colesterol. Eles atuam, nos organismos, como hormônios e, nos humanos, são secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o hormônio sexual masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por muitas das características femininas.
Esteróides também são lipídios

O colesterol, além da atividade hormonal, também desempenha um papel estrutural - habita a pseudofase orgânica nas membranas celulares. Muitas vezes chamado de vilão pela mídia, o colesterol é um composto vital para a maioria dos seres vivos.
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Prostaglandinas

Estes lipídios não desempenham funções estruturais, mas são importantes componentes em vários processos metabólicos e de comunicação intercelular. Segundo o químico Michael W. Davidson, da Florida State University, "prostaglandins act in a manner similar to that of hormones, by stimulating target cells into action. However, they differ from hormones in that they act locally, near their site of synthesis, and they are metabolized very rapidly. Another unusual feature is that the same prostaglandins act differently in different tissues". Um dos processos mais importantes controlados pelas prostaglandinas é a inflamação.
Todos estas substâncias têm estrutura química semelhante a do ácido prostanóico, um anel de 5 membros com duas longas cadeias ligadas em trans nos carbonos 1 e 2. As prostaglandinas diferem do ácido prostanóico pela presença de insaturação ou substituição no anel ou da alteração das cadeias ligadas a ele.

A substância chave na biossíntese das prostaglandinas é o ácido araquidônico, que é formado através da remoção enzimática de hidrogênios do ácido linoléico. O ácido araquidônico livre é convertido a prostaglandinas pela ação da enzima ciclooxigenase, que adiciona oxigênios ao ácido araquidônico e promove a sua ciclização. No organismo, o ácido araquidônico é estocado sob a forma de fosfolipídios, tal como o fosfoinositol, em membranas. Sob certos estímulos, o ácido araquidônico é liberado do lipídio de estocagem (através da ação da enzima fosfolipase A2) e rapidamente convertido a prostaglandinas, que iniciam o processo inflamatório. A cortisona tem ação anti-inflamatória por bloquear a ação da fosfolipase A2. Este é o mecanismo de ação da maior parte dos anti-inflamatórios esteróides.
Existem outras rotas nas quais o ácido araquidônico é transformado em prostaglandinas; algumas envolvem a conversão do ácido em um intermediário, o ácido 5-hidroperoxy-6,8,1-eicosatetranóico (conhecido como 5-HPETE), que é formado pela ação da 5-lipoxigenase.
Os anti-inflamatórios não esteróides, como a aspirina, agem bloqueiando as enzimas responsáveis pela formação do 5-HPETE. Desta forma, impedem o ciclo de formação das prostaglandinas e evitam a sinalização inflamatória.