segunda-feira, 25 de abril de 2011

Novo combustível é testado em SP


Diesel recebeu um aditivo de cana de açúcar
Amyris Brasil realizou teste de campo com ônibus pertencentes à empresa Viação Santa Brígida, que operam na frota metropolitana de São Paulo. A avaliação consistiu em abastecer os veículos com um combustível contendo uma adição de 10% de diesel de cana.
A atual solução utilizada no Diesel Metropolitano da Petrobras possui 5% de biodiesel em sua composição o que já o torna menos poluente. Com a nova mistura, os índices de emissão de gases tóxicos abaixam ainda mais. Segundo a empresa, os dados coletados pelo opacímetro (equipamento que analisa os gases emitidos pelo motor) revelam que em alguns casos, com a adição de 10% do diesel de cana, a diminuição de substâncias tóxicas liberadas no ar chega a até 40%.
A avaliação aconteceu em seis ônibus, destes, três rodaram com a solução da Amyris (90% de Biocombustível Metropolitano e 10% do aditivo a base de cana de açúcar) e outros três com o combustível da Petrobras sem nenhuma alteração. Os testes contaram com a colaboração da Petrobras, responsável pelo abastecimento, e da Mercedes-Benz do Brasil que checava as condições dos motores.
O levantamento indicou que a nova fórmula apresenta os mesmos parâmetros do combustível que era utilizado anteriormente no quesito de autonomia, além disso, a solução não demanda qualquer tipo de necessidade de adequação do motor para o seu recebimento.
O estudo com este novo produto faz parte das ações da SPTRANS (São Paulo Transporte) para a redução do uso de combustível fóssil no transporte metropolitano da cidade, a perspectiva é de que até 2018 não haja mais veículos abastecidos com este tipo energia.
De acordo com Paulo Diniz, CEO da Amyris Brasil S.A, as avaliações desta nova mistura deva continuar. “A Amyris tem planos de expandir estes testes para outras frotas que circulam em regiões metropolitanas para demonstrar o potencial do Diesel De Cana como uma opção imediata que contribui com a solução para os desafios da poluição urbana e das mudanças climáticas”, afirmou.